Imperatriz

Audiência Pública discute atendimento no Hospital Municipal de Imperatriz

Bastante concorrida, a audiência pública, teve início por volta das 9h30 e seguiu até por volta das 14h.

Maranhão Notícias

IMPERATRIZ – A 2ª Vara da Fazenda Pública juntamente com o Ministério Público Estadual realizaram, na manhã de sexta-feira(10), uma audiência pública para discutir sobre o atendimento prestado pelo Hospital Municipal de Imperatriz(HMI), o popular “Socorrão”. A audiência ouviu representantes de entidades da sociedade civil ligadas a saúde, lideranças comunitárias dentre outras.

A audiência foi presidida pela juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública da comarca de Imperatriz, Ana Lucréia Sodré, que ouviu  relatos diversos sobre as condições e atendimento no maior hospital de emergência da Região.

O evento contou com a presença do promotor Thiago Pires, titular da Promotoria da Saúde, o juiz Delvan Tavares, o defensor público Fábio Sousa  entre outras autoridades e vereadores.

A presidente do Centro de Direitos Humanos Padre Josimo, Conceição Amorim lembrou que os problemas na saúde pública, em especial no Socorrão, são antigos e que ela mesma fez denúncias há cerca de 30 anos e praticamente nada mudou nesse tempo. Falou da falta de medicamentos e as condições de higiene no hospital.

A dona de casa, Josenilde Mendes relatou todo o processo desde a entrada do filho dela adolescente no Hospital Municipal e até receber a  noticia no Hospital Macrorregional de Imperatriz, numa Unidade de Terapia Intensiva onde não resistiu. Ela reclamou da negligência que teria ocorrido no atendimento, falta de medicamento e a demora na transferência de Diego Ferrari do Socorrão para o Macrorregional onde a família conseguiu com um político a UTI. Diego Ferrari teve trombose e morreu no dia 2 de fevereiro.

Adriana Ribeiro, da Pastoral do Povo de Rua.

Representante da Pastoral do Povo de Rua da Diocese de Imperatriz, Adriana Ribeiro pediu atendimento melhor para pessoas em situação de rua. Antes dela, uma liderança conhecida como pastora Marlene também falou sobre essa situação e disse que tinha problemas quando se dirigia ao Socorrão para acompanhar pacientes que ela dá assistência no aterro sanitário (Lixão municipal).

Bastante emocionada, a jovem Marlene Brito Ferreira, também relatou suposto mal atendimento ao pai dela, que acabou morrendo pelo agravamento de um Acidente Vascular Cerebral. Ela chegou a dizer que seu pai ficou “jogado numa cama” onde morreu após uma cirurgia malfeita.

Dona Sofia gostou do atendimento no Socorrão.

Na audiência, também, teve relato de bom atendimento no HMI. Dona Silvana Sousa Silva disse que precisou de um atendimento médico e foi bem atendida. Outra mulher, dona Sofia, disse que deu entrada no dia 22 de janeiro e recebeu alta no dia seguinte e foi bem atendida.

Prefeitura reconhece e quer resolver problemas no Socorrão

Em nota divulgada no site da prefeitura, a secretária adjunta de saúde, Doralina Marques, disse que é importante que tenha essa audiência para que os poderes contribuam junto ao município.

“O Socorrão é o maior hospital de portas abertas da região sul do Maranhão, atualmente temos 40 leitos de UTI, 30 adultos e 10 infantis. Na questão estrutural, temos feitos reformas que seguem um cronograma, somos o único hospital da região que tem habilitado neurologia, um procedimento de alta complexidade. Nós temos uma demanda enorme dos estados do Pará e Tocantins, o hospital nunca parou”, disse.

Consta, ainda, na nota que o promotor de Justiça, Tiago de Oliveira Costa Pires, titular da 5º Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Saúde, destacou os excelentes profissionais do Hospital Municipal, e ressaltou que a audiência pública é um importante instrumento para buscar soluções para as dificuldades encontradas no HMI.

Por fim, a diretora do Hospital Municipal, Priscila Ventura, disse que a audiência é essencial para mostrar para a população as melhorias que vem sendo realizadas dentro do Socorrão.

“Temos realizado todas as melhorias dentro do Hospital Municipal, dos pontos apresentados pela justiça, mais da metade já foram solucionados e seguimos trabalhando de acordo com o cronograma, sem deixar a população desassistida”, explicou.

(Fotos: Reprodução TV Câmara Municipal de Imperatriz).

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