Assinatura de Gleydisson em contrato foi falsificada, diz perito
Nesta sexta-feira será o julgamento pelo TJD-MA da ação movida pelo Imperatriz contra o Moto Club pelo uso de forma irregular do atleta.
Sociedade Imperatriz de Desportos/ Divulgação Assessoria
IMPERATRIZ –O escritório Gabriel Costa Advogados Associados, que representa o Imperatriz no processo contra o Moto Club pela contratação irregular do atleta Gleydisson Rocha, teve acesso ao laudo pericial que concluiu que a assinatura do jogador na contratação foi falsificada. A análise foi feita no dia 28.12.2020 com base na assinatura do atleta em seus documentos oficiais em comparação com a assinatura que consta no seu contrato de trabalho, em posse da Federação Maranhense de Futebol.
A hipótese da análise ser feita sem a presença do atleta já tinha sido apontada pelo advogado Gabriel Costa, responsável pelo caso, na primeira sessão do TJD relacionada ao julgamento deste caso, em outubro do ano passado. Segundo o laudo pericial, “considerando os autos constantes nos dados do processo que consistem em assinaturas em nome de Gleydisson da Silva Santos apostas em carteira de identidade do nominado, é possível concluir que a assinatura no contrato é inautêntica”.
Nesta sexta-feira, o caso volta ao TJD para julgamento. Para o advogado do Imperatriz, as chances são boas. “A perspectiva é de que o laudo não seja desconsiderado, pois é uma prova extremamente técnica, elaborada por um perito criminal e, de acordo com o que foi constatado, espera-se que se apliquem as normas desportivas, punindo devidamente quem tem que ser punido com a retirada de pontos e julgando procedente o processo que corre”, declarou Gabriel Costa.
E complementou: “Diante do laudo pericial, não restam mais dúvidas de que a assinatura do atleta é diferente quando comparada com a assinatura que está sendo questionada e a do seu RG, sendo diferente da encontrada no contrato do jogador. Diante desta situação, resta à Justiça Desportiva, diante desse laudo inscontestável, um laudo técnico, avaliar e tomar seu posicionamento em relação ao caso apresentado e denunciado pela própria procuradoria”.
Entenda o caso
Em outubro de 2020, o Imperatriz enviou à Justiça Desportiva do Maranhão uma notícia de infração contra o Moto Club de São Luís, apontando irregularidade na formalização do contrato do atleta Gleydisson Rocha. Segundo consta no processo, agora corroborado pelo laudo pericial, não foi o atleta quem assinou seu contrato de trabalho, conduta irregular, conforme o artigo 33 do Regulamento Geral das Competições, artigo 5º do Regulamento do Campeonato Maranhense 2020 e artigo 6º e parágrafo 2 do Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol.
Caso a justiça acate as provas apresentadas pela defesa do Imperatriz, o Moto Club pode perder pontos na classificação geral do Maranhense 2020, além de ser rebaixado. Para o Cavalo de Aço, significa entrar na vaga da Copa do Brasil até então ocupada pelo clube da capital. (Foto: Arquivo).