Bancários da Caixa, do BB e BASA continuam em greve em Imperatriz
Negociações não avançam e movimento segue forte; não há previsão de retorno.
Por Raimundo Primeiro
IMPERATRIZ- Agências bancárias continuam fechadas aqui em Imperatriz em decorrência da greve dos bancários. Bancários e bancárias da Caixa Econômica Federal, do Banco da Amazônia e do Banco do Brasil continuam em greve. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral da categoria, realizada na terça-feira, à noite, na sede do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Estado do Maranhão (SEEB-MA). O movimento paredista é por tempo indeterminado.
Conforme as informações, os funcionários do Banco da Amazônia ainda rejeitaram uma nova proposta do banco, que não atende aos anseios da categoria.
Concentração
Devido à falta de avanços nas negociações, o movimento paredista continuou firme e forte nesta quarta-feira, com atos públicos por todo o Estado e concentração no BB da Praça Deodoro, em São Luís, a partir das 9h.
Nova asssembleia
Nesta quarta-feira, às 18h30, foi realizada nova Assembleia Geral híbrida, na Sede do SEEB-MA, no Centro de São Luís, e via aplicativo Zoom, onde foram dados informes e debatido sobre os rumos da greve da categoria.
Entenda a Greve Geral no BB, na Caixa e no BASA
Os bancários da Caixa, BB e BASA decidiram deflagrar greve nacional a partir do dia 10 de setembro, após rejeitarem a proposta dos bancos de reajuste de 4,64% (INPC + 0,9%) nas verbas salariais em 2024 e de 0,6% (mais a inflação) em 2025. Os funcionários cobram 34,47% de aumento, entre outras reivindicações.
Segundo o Dieese, o índice oferecido pelos bancos é menor que o conquistado por 85% das categorias no país. A maioria dos trabalhadores obteve 1,54% de ganhos reais neste ano. Este percentual (1,54%) já é irrisório, mas os bancos ofereceram um valor ainda menor (0,9%), apesar do lucro de R$ 145 bilhões obtido em 2023.
Além das cláusulas econômicas pífias, as propostas dos banqueiros e do governo não têm garantias sociais efetivas contra as metas abusivas, o assédio moral e as reestruturações. No mais, não preveem a contratação de mais bancários, condições dignas de trabalho, garantia do emprego e melhoria da assistência à saúde.
Quanto às propostas específicas, o BB insiste na manutenção do Programa Performa; oficializa a extinção da função de caixa até dezembro; ameaça regulamentar a demissão imotivada; não aborda os problemas de custeio da Cassi e não inclui os bancários pós-2018 na cobertura do plano quando chegarem à aposentadoria.
Já a proposta da CEF não abrange a convocação de concursados; mantém o teto de 6,5% sobre o Saúde Caixa e exclui do plano os pós-2018; não mostra soluções para o equacionamento na Funcef; mantém o teto da PLR em até 3 remunerações; não incorpora a gratificação em certos casos e prevê perdas salariais para os tesoureiros.
Por sua vez, no BASA, não houve melhorias significativas quanto ao reembolso no Programa Saúde Amazônia nem o aumento do teto de salários na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Por tudo isso, os bancários vão à greve geral! Juntos, podemos avançar mais” – afirmou o coordenador-geral do SEEB-MA, Rodolfo Cutrim.
Próximas negociações
– Caixa: data ainda a definir;
– BB: data ainda a definir;
– BASA: data ainda a definir.
(Fonte e foto: Assessoria SEEB-MA).