Corpo do jornalista Willian Marinho é enterrado em Imperatriz
Willian Marinho morreu na manhã de segunda-feira(20).
Maranhão Notícias
IMPERATRIZ – Sob aplausos e em clima de muita emoção, foi enterrado no meio da manhã desta terça-feira(21), no Cemitério do Bom Jesus, em Imperatriz, o corpo do jornalista Willian Marinho. O comunicador morreu nessa segunda-feira(20), aos 62 anos, em casa, após agravamento de seu quadro de saúde.
Willian Cândido Barbosa era seu nome, no entanto, tornou-se conhecido em todo o Maranhão como Willian Marinho, possivelmente em referência ao seu pai que se chamava João Marinho, falecido em 2018.
Carismático, determinado e bem-humorado, Willian Marinho marcou época na comunicação de Imperatriz, a segunda maior cidade do Estado, com passagens pelos principais veículos de comunicação como emissoras de TV, Rádio e jornal impresso. Tudo começou no jornal O Progresso, diário que existe há 54 anos em Imperatriz, onde foi o primeiro repórter policial e atuou também nas editorias de cultura, sociedade e política, sendo muito destacado nesta última.
No rádio ele coordenou a extinta Mirante AM, no início dos anos 1990, ocasião em que coordenou equipe de esportes e por último fazia programa na FM Rádio Cidade Esperança. Acometido por um câncer e com agravamento de uma diabete ele acabou se afastando de suas atividades profissionais para cuidar da saúde e conseguiu vencer o câncer de pele, mas acabou não resistindo as complicações da doença metabólica crônica caracterizada pela incapacidade do organismo de regular adequadamente os níveis de glicose (açúcar) no sangue.
Willian Marinho, também foi presidente do Imperatriz por duas oportunidades nos anos de 2002 quando ainda era Sociedade Atlética Imperatriz(SAI) e em 2004 quando era Sociedade Imperatriz de Desportos(SID). Ele era integrante do Conselho Deliberativo do clube atualmente.
Enterro
O enterro do corpo se deu por volta das 10h30 da manhã no Cemitério do Bom Jesus, na presença de trinta pessoas, a maioria de familiares. Dentre os presentes que atuaram ou atuam em meios de comunicação estavam os empresários Sérgio Henrique Godinho e seu pai, Sérgio Godinho, donos do jornal O Progresso, o funcionário público e realizador do Motoimp, Sidney Rodrigues, o jornalista João Rodrigues, e o empresário e publicitário Nilson Takashi.
“Wilian Marinho é uma pessoa que diexa um legado importante para Imperatriz, tanto no jornalismo quanto na área do esporte. Lembro que trabalhei com ele em 1986 no jornal O Progresso e a vida deu voltas e em 2003 foi dele que assumi a presidência do Cavalo de Aço. Nós tínhamos em comum essa paixão pelo time e a morte dele vai deixar um vácuo muito grande, não só na família, mas principalmente na área das pessoas que amavam e admiravam Willian Marinho”, disse Nilson Takashi.
O empresário Sérgio Henrique definiu este dia como de muita tristeza pela passagem de Willian Marinho.
“Willian descansou e está nós gostaríamos de estar no futuro. Na Missa o rapaz cantou uma música dizendo que lá no Céu não tem dor nem sofrimento, e ele estava debilitado, mas lá para onde ele foi não tem dor nem sofrimento.E o que tenho a dizer para Willian, não é adeus não, é até logo”, disse Sérgio Henrique lembrando que Willian transitou por todas as esferas do jornalismo imperatrizense.
Sidney Rodrigues disse que a lembrança que fica de Willian Marinho é seu conhecimento e carisma, que fizeram dele uma “das enciclopédias de Imperatriz”.
“Temos várias pessoas que viveram em Imperatriz como ele viveu e minha ligação com ele é por que sou casado com uma sobrinha dele. Tanto que nós dois chamávamos ele de tio Willian. Nós, eu e minha esposa, tínhamos uma proximidade maior com Willian que a maioria das pessoas nem sabia e é uma grande perda para nós enquanto família e para a cidade. O que fica é o legado que ele deixou da vontade de aprender e ensinar e participara das coisas da cidade, nos meios de comunicação e no esporte, sendo que foi ele quem entregou a diretoria do Cavalo de Aço para o Takashi, que depois foi campeão estadual. Então tem uma série de coisas que ele fez que vão ficar”, disse Sidney Rodrigues.
Momentos antes do enterro, algumas pessoas, dentre amigos e familiares, fizeram algumas falas rápidas sobre Willian Marinho. Alguns deles citaram a dedicação dele à família e participação ativa na Igreja Assembleia de Deus Congregação Bethel, no bairro Jardim São Luis, onde congregava.
Um dos momentos mais emocionantes do enterro foi quando o filho Paulo Henrique colocou uma camisa do Palmeiras sobre o caixão, e agradeceu e declarou amor pelo seu pai. O caixão desceu a sepultura sob aplausos e músicas evangélicas cantadas pelos presentes.
(Foto: Maranhão Noticias).