DHPP investiga envolvimento de terceira pessoa na morte do líder comunitário em Imperatriz
O inquérito está prestes a completar 30 dias, prazo normal de inquérito com suspeito preso.
Maranhão Notícias
IMPERATRIZ – A Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), está investigando uma terceira pessoa,que teria ligado para o policial militar Danilo Silva suspeito de atirar e matar o líder comunitário Wanderlei Rodrigues. O crime foi na madrugada do dia 18 de julho, na casa da vítima, no bairro Sebastião Régis, em Imperatriz.
O inquérito que apura o assassinato do líder comunitário, ainda em aberto, deverá ser concluido dentro do prazo, mas antes disso o delegado Praxisteles Martins espera esclarecer sobre a participaçao de uma terceira pessoa no caso.
Em entrevista à TV Mirante, Praxisteles Martins disse que a terceira pessoa investigada no crime é a autora de uma ligação recebida pelo policial militar momentos antes de cometer o crime. A ligação o teria feito mudar de rota.
O delegado adiantou que já identificou a pessoa, mas precisa saber o motivo da ligação e se esta tem ligações com o assassinato do líder comunitário.
“Quando o policial esteve na delegacia, juntamente com um dos filhos da vítima para saber se a vítima( Wanderlei Rodrigues antes do crime) e que não havia sido apresentada e isso deixou de ocorrer por que a vítima(esposa) deixou de representar (pela violência doméstica), eles saíram da delegacia com destino a casa de um deles onde passariam a noite, no entanto ele (policial), recebeu um telefonema (que já identificamos o interlocutor) e houve uma mudança de curso. Então, a partir deste telefonema, houve uma mudança de trajeto e eles se dirigiram a casa da vítima onde um deles efetuaram os disparos(sic)”, disse o delegado em entrevista.
Violência doméstica
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a viúva de Wanderlei Rodrigues, Maria Rosineide, revelou que há 9 anos vinha sofrendo violência doméstica por parte do líder comunitário. Disse que era ameaçada de morte, caso denunciasse o companheiro, que, também, não gostava e tratava mal o filho dela.
“Sendo agredida há nove anos, sem poder falar nada para ninguém. Sendo ameaçada dentro de casa, tanto eu como meus filhos. Nove anos sofrendo, comendo o pão que o diabo amassou, e não podia dar parte por que ele sempre dizia que se fosse preso quando ele saísse de lá ou ele me matava ou matava meus filhos, e eu sempre sendo submissa a ele. Trabalhava para ele, e ele dizia que eu tinha que trabalhar mesmo por que eu tinha filhos para criar(…)”, disse a viúva em um trecho do vídeo.
O crime foi na madrugada do dia 18 de julho, deste ano. Um carro vermelho com a placa encoberta por um pano preto passou em frente a casa de Wanderlei Rodrigues e em frente, foram desferidos seis tiros no portão, e um deles atingiu e matou o líder comunitário que estava ao telefone em casa. Ele morreu na hora.
Após investigações, a DHPP chegou ao policial militar do Estado do Pará, Danilo Silva que foi preso em Dom Eliseu(PA), como suspeito e acabou confessando ter atirado no portão da casa, mas sob a alegação de que era apenas para dar um susto em WR. Um enteado de WR, menor de 18 anos, estava no carro no dia do ocorrido. Agora, a policia investiga uma terceira pessoa que pode estar envolvida no crime.
Comoção
O assassinato de Wanderlei Rodrigues criou uma grande comoção no bairro Sebastião Régis e na população em geral. Ele era muito conhecido e bem relacionado na cidade.
(Foto: Reprodução Internet).