Evento do MP discute uso de telas na primeira infância, em Imperatriz
Evento foi voltado para rede de proteção.
Ministério Público-Divulgação
IMPERATRIZ – O Ministério Público do Maranhão promoveu, na última sexta-feira(4), o Prosas na Infância, com o tema “Uso de telas na primeira infância”. A atividade foi realizada no auditório das Promotorias de Justiça de Imperatriz. A iniciativa é do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude do MP (CAO-IJ), que é o representante do MP na Rede Estadual da Primeira Infância.
Presidiu a solenidade o coordenador do CAO-IJ, Gleudson Malheiros. Compuseram a mesa de honra a diretora das Promotorias de Justiça de Imperatriz, Glauce Lima Malheiros; a superintendente de Proteção Social Básica da Secretaria de Desenvolvimento Social do Município, Caroline Milhomen; a coordenadora do Setor de Acompanhamento Escolar da Secretaria de Educação do Município, Viviane Dacon; Maria das Dores Fiugueira, representando o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Imperatriz; e Mercês Abreu, representando o Conselho Tutelar Área II.
Os promotores de justiça Carlos Róstão e Aline Mattos Pires foram mediadores das palestras.
De acordo com Gleudson Malheiros, o Programa Prosas na Infância foi idealizado para facilitar a troca de informações e conhecimento, além da análise e aprimoramento da prática cotidiana das Promotorias da Justiça da Infância e Juventude e demais instituições do Sistema de Garantia de Direitos.
Iniciativa foi realizada nas Promotorias de Imperatriz
Segundo o coordenador, o programa favorece um espaço de diálogo e interação entre o Ministério Público e demais atores por meio de roda de diálogo. Nesta edição, abordou-se um tema relativo à primeira infância e algumas peculiaridades do mundo digital que podem gerar interferências no desenvolvimento infantil.
Palestras
As palestras trataram do “Desenvolvimento na Primeira Infância”, com a psicóloga e residente do MP, Élida Kaline; e “Efeitos do uso de telas na saúde das crianças e adolescentes” com a pediatra Thayná Lima Martins. Gleudson Malheiros encerrou o evento explanando sobre a “Promoção das Políticas Públicas para a Primeira Infância e o papel da Rede de Proteção para a garantia dessas políticas públicas”.
Thayná Lima mostrou dados sobre o uso de telas, mostrando prejuízos e benefícios. Segundo a especialista, o problema central não são as telas, mas o uso incorreto delas. “Dentre os prejuízos nós temos: transtornos do sono, transtornos de ansiedade, depressão, irritabilidade, sobrepeso, obesidade, anorexia, bulimia e transtornos visuais. Dentre os benefícios temos sugestões de como fazer brincadeiras mais inclusivas para as crianças, replicar brinquedos, contatos com pessoas distantes da família, entre outros”.
Uso de telas na primeira infância foi tema de discussão
A psicóloga Élida Kaline abordou assuntos ligados ao uso do celular na primeira infância, especialmente no âmbito comportamental, e chamou a atenção dos adultos, enquanto pais e responsáveis, para suas próprias atitudes. “Uma criança se espelha em seus pais, em seus responsáveis. Nós queremos que nossos filhos se distanciem das telas, mas é preciso refletir quanto tempo estamos diante delas. É o nosso modo de agir que os pequenos veem e querem replicar”.
O coordenador do CAO IJ agradeceu a participação da Rede de Proteção à Infância e Adolescência no evento. “Discutimos a forma como isso tem repercutido na saúde das crianças, em aspectos relacionados à violência no ambiente digital, e sobre como compreender e fortalecer a Rede de Proteção à Crianças e Adolescentes no Município de Imperatriz e municípios vizinhos”.
(Foto: Assessoria do MP).