Justiça do Trabalho de Minas Gerais nega recurso contra o Imperatriz
Com essa decisão, a dívida de R$ 3,9 milhões do Cavalo de Aço foi reduzida em R$ 1 milhão.
Sociedade Imperatriz de Desportos/Divulgação
IMPERATRIZ – A Justiça do Trabalho de Minas Gerais negou o recurso do jogador Everton Dias Ribeiro, que está processando o Imperatriz por rescisão irregular do contrato. O tribunal julgou improcedente o pedido de pagamento da multa compensatória desportiva que somava R$ 1 milhão. O valor total do processo era de 1.022.000,00 (um milhão e vinte e dois mil). A Justiça reconheceu apenas R$ 22.000,00.
O meia Everton Dias Ribeiro teve duas passagens pelo Imperatriz. Em 2013, não participou de nenhum jogo, mas em 2016 fez 13 jogos pelo Cavalo de Aço e marcou um gol. Diante da resposta positiva para o time do Imperatriz neste processo, a dívida trabalhista do clube, que estava prevista em aproximadamente R$ 3,9 milhões, teve redução de R$ 1 milhão, atualizando para aproximadamente R$ 2,9 milhões.
Outros casos
A Sociedade Imperatriz de Desportos possui cerca de 40 processos trabalhistas ativos, sendo que três deles chamam a atenção para os valores das ações. Eles foram movidos pelos atletas Thiago Piraju, Joelson e Ralf. Os valores apresentados abaixo são sem correção monetária.
O processo de maior valor é movido pelo meia Thiago Piraju. De acordo com o Departamento Jurídico do Imperatriz, a ação está relacionada a salários que não foram pagos e à multa compensatória desportiva totalizando o pedido de R$ 920.000,00. O contrato de Piraju foi firmado em janeiro de 2015 e encerrado cerca de quatro meses depois (maio/2015). Ele fez apenas um jogo pelo Cavalo de Aço.
A judicialização mais recente foi do atacante Joelson, que jogou no Imperatriz na temporada de 2020. A justiça já reconheceu a obrigação do clube em pagar R$ 420.000,00. A maior parte do valor é relativo à multa compensatória desportiva, prevista no contrato firmado com o atleta, fixada em R$ 400.000,00. Os outros R$ 20 mil são relacionados a salários que não foram quitados. O contrato consta como tendo duração de 02/01/2020 até 15/11/2020, mas o atacante fez apenas 10 jogos pelo Cavalo de Aço.
O terceiro processo de maior valor é do jogador Ralf, ex-Corinthians, que se profissionalizou no Imperatriz. O valor é de R$ 294.233,81 relativos a salários não pagos e à multa compensatória desportiva do contrato firmado entre clube e jogador entre agosto de 2005 e agosto de 2007.
Processos em execução, conhecimento ou recurso
Além dos processos detalhados acima, o Imperatriz também tem um passivo estimado em R$ 693.994,00 correspondente aos processos em execução; e ainda R$ 528,497,77 relativos aos demais processos em conhecimento ou recurso. Sem correção, o valor do passivo trabalhista da Sociedade Imperatriz de Desporto é de R$ 2.856.725,58.
O diretor jurídico do Imperatriz, Mário Bruno Nascimento, destaca que o departamento está empenhado em monitorar e tentar minimizar os impactos financeiros causados pelas questões trabalhistas já judicializadas. “Estamos trabalhando diuturnamente para mitigar os débitos judiciais do clube, tanto nos processos ainda em fase de conhecimento, quanto nos processos em fase de execução. Pretendemos, inclusive, realizar uma reunião com o TRT 16, onde se encontra grande parte dos débitos, para tentar viabilizar a unificação e parcelamento dos mesmos”.
(Fotos/texto: Vagner Grigório e divulgação Internet/Ananda Portilho, da Assessoria: Da esquerda para a direita os ex-jogadores Ralf, Joelson e Piraju, que processaram o Imperatriz).