Esporte

Dívida trabalhista do Imperatriz é R$ 5 milhões, diz presidente em audiência na Câmara

A diretoria do Imperatriz tenta renegociação da dívida com a Justiça trabalhista para que a CBF libere conratação de jogadores para a Segundinha.

Maranhão Notícias

IMPERATRIZ – A diretoria corre contra o relógio para regularizar em menos de trinta dias,a situação do Imperatriz perante a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o que devolverá o direito ao clube de contratar atletas que formarão o elenco para o Campeonato Maranhense da 2ª Divisão em agosto.

A informação foi divulgada em audiência pública na Câmara Municipal de Imperatriz, nesta quinta-feira(18), pela diretoria do Cavalo de Aço.

Ao apresentar um balanço da situação financeira do clube de fevereiro de 2021 até agora, quando a atual diretoria efetivamente assumiu o clube, o diretor financeiro Heider Ayres informou que o clube possui uma dívida de R$ 3.289.146, 096 (Três milhões, duzentos e oitenta e nove mil e 96 centavos) referente a 45 processos judiciais de jogadores e funcionários, cujo valor atualizado para este início de ano chega ao montante de R$ 5 milhões.

 O valor de pouco mais de R$ 3 nilhões o qual a atual diretoria teve acesso, mas parte desse valor não está atualizado, o que pode aumentar ou diminuir a dívida por que alguns dos processos não estão em tramitação, o que estima-se chegar a R$ 5 milhões.

Também há uma dívida trabalhista de R$ 65 mil, que se formou aos longos dos anos a partir de denúncia de ex-atletas, o que vem travando a contratação de jogalores é uma dívida de R$ 65 mil.

O presidente do Imperatriz, Wagner Ayres disse durante participação na audiência pública que o clube não tem recursos e pleiteia judicialmente uma renegociação das dívidas com a Justiça trabalhista.

“Hoje o Cavalo de Aço está bloqueado na CBF e na Federação. Só para você ter uma ideia a Série B vai começar em de trinta dias, que é o prazo para a gente dar o ok para a participação, mas, ainda, não temos nada resolvido e estamos em busca de uma solução”, disse Wagner Ayres.

O presidente adiantou que o departamento jurídico do clube já elaborou e ajuizou uma ação (documento) que seria uma pré-recuperação judicial.

“Já foi dada entrada no documento e o juiz já avaliou e conversou com a gente e nos pediu algumas documentações para que ele possa dar o parecer dele.  O parecer que a gente quer é seja acatado este pedido para que sejamos liberados, a nível de federação, para poder fazer a inscrição dos atletas e a partir dai vamos negociar para tentar sanar essa dívida”, complementou o mandatário do Cavalo de Aço.

Apesar da situação difícil, Wagner Ayres preserva o otimismo quanto o sucesso desse pleito e a participação do clube na Segundinha do Maranhense no segundo semestre.

Segundo ele, o compromisso da atual diretoria em comparecer às audiências, o fato de não ter patrimônio e ter se mostrado acessível e interessada em pagar a dívida são fatores que devem pesar positivamente em favor do clube.

Wagner disse, ainda, que as dívidas foram contraídas por outras diretorias e a sua gestão vem sendo bem realista, sem fazer novas dívidas com muita seriedade fazendo um plano para resolver a situação definitivamente.

“O que a gente precisa fazer primeiro é dar uma segurada nestas ações por que os advogados dos ex-atletas já tentaram de todos os meios e formas de receberem aquilo que é devido a eles, e por último agora veio essa ação na CBF que inviabiliza o time. Mas não tem o que fazer mais, não tem onde buscar recursos então o que a gente está querendo é romper esta barreira e mostrar para eles que precisamos ter time para buscar dinheiro e tentar sanar essa dívida, se não será um negocio ruim para todo mundo”, raciocinou o Wagner Ayres.

Durante a audiência não compareceram nenhum dos integrantes do Conselho Deliberativo, mas quem compareceu fez uso da palavra. Dentre os presentes estavam os ex-presidentes Edvaldo Cardoso, que é conselheiro da direção atual, Nilson Takashi, e representando a diretoria do presidente Adauto Carvalho estava a filha dele, a ex-diretora, Mariana Carvalho.

Alguns torcedores também fizeram uso da palavra e criticaram as diretorias anteriores e falta de transparência do Conselho Deliberativo e diretorias. e até uma Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) foi pedida. O vereador Carlos Hermes disse que o caso será analisado se “cabe” uma CPI por que o clube é privado.

A mudança de CNPJ no ano 2000 para Sociedade Imperatriz de Desportos(SID), numa suposta medida para acabar com as dívidas anteriores foi um assunto bastante citado pelos torcedores que falaram na audiência.

O vereador Fidelis Uchoa, autor do pedido de audiência pública, pediu desculpas por não ter convidado o ex-presidente Adauto Carvalho que foi muito citado no evento. O parlamentar, no entanto, avaliou a audiência como muito positiva e disse esperar que saiam alguns encaminhamentos que possam ajudar a resgatar o Imperatriz.

A sessão foi presidida pelo vereador Carlos Hermes, da comissão de esportes da Câmara.

Obs: Texto alterado em 20 maio para atualização do valor da dívida do Imperatirz para R$ 5 milhões.

(Fotos: Imagem reprodução TV Câmara).

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