“Foi Deus quem salvou nossas vidas”, diz Marcelo Rodrigues sobre desabamento no Estádio Frei Epifânio
O cronista esportivo Marcelo Rodrigues Cardoso disse que passou um filme por que se lembrou de um caso semelhante vivido por ele em São Paulo em 2010.
Maranhão Notícias
IMPERATRIZ–O jornalista e veterano cronista esportivo maranhense Marcelo Rodrigues Cardoso quebrou o silêncio sobre o momento que viveu juntamente com outros cronistas esportivos durante o temporal que derrubou a cobertura sobre arquibancadas e parte das cabines de rádio e TV no último sábado (28).
O lado em que Marcelo e outros cronistas estavam foi ameaçado de desabar, mas ficou intacto.
Marcelo Rodrigues fez questão de relembrar os momentos assustadores, e ressaltar que foi Deus o quem o salvou juntamente com seus colegas.
“É difícil a gente fazer uma avaliação mais acentuada, mas no momento foi assustador. Deu o relâmpago forte, soltei o microfone porque normalmente quando está trovejando, chovendo eu tenho medo de pegar no microfone. Olhei para o lado e vinha desabando o teto, a cobertura da arquibancada. Fiquei desesperado. Corri para traz puxando o Juscelino Santiago(técnico de áudio),também, atônito, para fora da cabine e gritei para os meninos da Rádio Itamarati, de Piripiri(PI), saírem da cabine”, relembrou Marcelo Rodrigues.
Já fora das cabines, todos pularam para o interior de uma lanchonete que fica numa área onde passa uma marquise, e isso seria maior segurança. Não havia outra alternativa pois sair dali só em caso de pular para fora, mas é muito alto.
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O narrador que usa jargão “batendo na latinha”, ressaltou que além dele e Juscelino Santiago foram salvos os profissionais de comunicação Ari Aragão, Jota Azevedo e Jota Neto, da Rádio de Piriíri(PI), Mariano Neto, da Rádio Comunidade Web e o presidente do Imperatriz, Wagner Ayres que costumeiramente ficava no local onde o teto desabou e naquele dia havia ficado lá até os 20 minutos do segundo tempo quando se deslocou para o lado das cabines de rádio que ficou de pé e depois desceu para o gramado.
O árbitro Renan Novães Insabralde (MS), colocou na súmula que encerrou o jogo aos 30 minutos e 48 segundos do segundo tempo devido a falta de condições em razão da tempestade.
“A mão de Deus foi poderosa porque ela cessou a queda da estrutura da cobertura bem no canto ali da cabine da Radio Mirante. Ali era o ponto. Então Deus sustentou(…), e graças a ele o presidente do Imperatriz, também, teve a vida poupada, ele não sofreu absolutamente nada”, disse Marcelo.
“Então nós entramos em oração, eu e meu colega Jota Azevedo, clamando a Deus para cessar aquela tempestade, para nos dar o livramento e não acontecesse nada com todos, que estavam envolvidos naquele lado, jogador, treinador, e nós trabalhadores da imprensa. Agora na verdade, o susto é grande, muito grande”, admitiu.
Outro caso parecido em São Paulo
Marcelo revelou que o sufoco vivido no Frei Epifânio durante a partida entre Imperatriz x 4 de Julho(PI), o fez relembrar um caso parecido acontecido com ele e o colega Aguiar Neto durante a transmissão de uma partida do Marília FC, em Capão Bonito(SP), pela Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2010.
Um temporal derrubou o teto da cabine de rádios onde estavam trabalhando. Para escapar, tiveram que se refugiar debaixo de um balcão.
“Quando começou uma chuva de ganizo e o teto da cabine onde estávamos desabou. Nós nos escondemos debaixo do balcão, uma repórter da Globo se feriu naquela ocasião. Quando vi aqui em Imperatriz, no Estádio Frei Epifânio da Badia o temporal, me passou um filme, mas Deus nos deu o livramento”, confessou.
Marcelo, também, fez um culto de adoração ao chegar em casa para agradecer a Deus pela salvação.
“Para nós foi um momento de muito sufoco, de muita preocupação, mas graças a Deus, Deus nos livrou, porque ele está conosco e nós acreditamos que Deus é Deus e não há outro se não Deus”, finalizou.
(Foto: Imagem reprodução).