Maranhão

PF cumpre mandados de busca e apreensão em ação de combate ao trabalho análogoa escravidão no MA

A operação foi deflagrada nesta terça-feira(26).

Maranhão Noticias com informações da PF

SÃO LUÍS – A Policia Federal deflagrou nesta terça-feira (26), a “Operação Sem Descanso” que visa reprimir o crime de redução de trabalhadores a condição de análoga à de escravo em carvoarias do Maranhão. No inicio da manhã os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão em endereços de suspeitos no município de Grajaú, na Região Central do Estado, a 567 km de São Luís.

A terceira operação de combate ao trabalho no Maranhão este ano é o desfecho de investigações a partir do resgate de 11 pessoas, em julho do ano passado, no município de Mirador, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Maranhão.

Os levantamentos apontaram que as vítimas trabalhavam em uma das várias carvoarias dos suspeitos e estávamos sendo submetidos à jornada de traalho exaustiva, principalmente os chamados carbonizadores  e as cozinheiras.

Os trabalhadores só tinham descanso a cada 40 dias, oportunidade em que receberiam o pagamento “mensal’, obtendo cinco dias de folga, incluindo o dia de ida e de volta para casa. Durante 40 dias eles trabalhavam de domingo a domingo, sem intervalo mínimo de interjornadas.

Outro exemplo utilizado pela PF para demonstrar as irregularidades  diz respeito a jornada de trabalho diária extremamente exaustiva. Em relação as cozinheiras , casa UPC( Unidade Produtora de Carvão) possuía apenas uma, a qual era responsável  não só pelo preparo de todas as refeições para cerca de 25 pessoas daquela unidade, como tabém, pela higienização e limpeza de toda a edificação de apoio e alojamento. Dessa forma a jornada de trabalho começava às 4h da manhã e seguia até às 13h, retomando às 15h indo até às 19h.

No caso do carbonizadores, as irregularidades são o exercício de atividade  reconhecidamente insalubre, e eles tinham uma jornada de 24h de maneira intercalada, inclusive durante a madrugada.

Diante da gravidade dos fatos constatados, após a representação da Polícia Federal no Maranhão, foram expedidos mandados de busca e apreensão em desfavor dos investigados, permitindo assim a apreensão de computadores, mídias de quaisquer outros materiais relacionados aos fatos em apuração.

Os suspeitos poderão responder pelo crime de submeter trabalhadores à condição análoga à escravidão. As penas podem chegar a oito anos de reclusão.

(Foto: Policia Federal).

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