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Vai a júri mulher acusada de matar filho recém-nascido em Amarante do Maranhão

A sessão do júri popular ocorre durante todo o dia de hoje, em Amarante do Maranhão.

Ministério Público do Maranhão /Divulgação

AMARANTE DO MARANHÃO – O  Ministério Público Do Maranhão leva a júri popular nesta sexta(25 ), Gilsiane Soares Silva, de 37 anos, acusada de matar o próprio filho após dar à luz no Município de Amarante.

O MP pediu também a condenação de outras três pessoas que ajudaram a ocultar o corpo da criança, mas a Justiça não aceitou a denúncia. O responsável pela acusação é promotor de justiça Carlos Róstão.

O crime aconteceu ainda em fevereiro de 2012. De acordo com os depoimentos, às 22h do dia 25, Gilsiane disse estar se sentindo mal e foi ao banheiro. Pediu então ao marido, Osvanildo Maracaipe Alencar, que fosse à farmácia lhe comprar um remédio para dor.

Quando o marido voltou, havia sangue no chão com toalhas de papel por cima. Segundo Osvanildo, já se reparava algum tempo que Gilsiane estava grávida, mas esta sempre dizia que não era gravidez. A acusada foi levada ao hospital e permaneceu lá até o dia seguinte.

O marido foi então ver como a esposa estava e, quando chegou lá, Gilsiane já tinha passado por atendimento médico e estava respondendo à perguntas do setor de  assistência social. De acordo com  a avaliação médica, ficou evidente que havia um cordão umbilical e uma placenta na vagina de Gilsiane.

Em seu depoimento, Begno Soares Silva, irmão da acusada, disse que recebeu uma ligação de Gilsiane por volta das 9h. Ela pedira para jogar um saco de lixo com ‘uma lavagem’ no ‘matagal’. Ele relata que não teve curiosidade de ver o que tinha dentro do saco.

Logo após, o marido de Gilsiane ligou para o cunhado explicando que estava desconfiado da esposa, que ela  teria tido um filho na noite anterior e que estava escondendo algo. Diante da informação, o marido e o irmão da ré voltaram ao local onde o saco foi despejado. Quando abriram o embrulho, encontraram a criança sem vida.

A esta altura, outros familiares já tinham conhecimento da morte da criança e pediram que trouxessem o corpo de volta, para que não ficasse exposto às intempéries de um lugar a céu aberto.

Segundo o testemunho de uma vizinha, na tarde do dia 26, ela foi à casa de Gilsiane, onde havia cinco pessoas e uma criança morta dentro de uma caixa de sapatos, na mesa da cozinha.  A vizinha disse ainda que os presentes  já estavam cavando um buraco no quintal para enterrar o cadáver. O corpo foi enterrado por Osvanildo e sua mãe, Osvanilda (66 anos).

Pedidos

O Ministério Público do Maranhão pede a condenação de Gilsiane Soares Silva, de acordo com o descrito no art. 121 do Código Penal, homicídio simples, com sentença de reclusão de seis a vinte anos, acrescida da aplicação do Art. 211, por ocultação de cadáver, com condenação de um a três anos.

(Foto: Iane Carolina-Assessoria).

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